sexta-feira, 23 de março de 2012

Escrever é .. .


Escrever é , antes de tudo , entrar em contato consigo mesmo ; conhecer o teu ser , teu "eu" lírico . É pensar , refletir . É encontrar nas palavras , o significado para tudo o que sentimos e vivemos . É ver nas entrelinhas  histórias jamais vividas . É enxergar por entre paredes  jamais ultrapassadas . É quase viver em uma realidade paralela ; um mundo criado por nós , idealizado por nós . É encontrar com os mais diversas pessoas e ter amizade com uns e não gostar de outros  ; é entrar em contato com as mais difíceis situações ; é alcançar diversos mundos , sem precisar sair do lugar . É viajar constantemente em meio as suas reflexões . É encontrar , antes de chegar ao final da linha , um sentido na escrita . É admirar ; é conhecer ; é tocar ; é mudar .  É salvar a si mesmo . É encontrar refugio nas palavras , prazer ,  felicidade . É sua mais profunda expressão de rancor , alegria , amor , tristeza , angustia , medo e todos os mais possíveis sentimentos que existem em nós . É amizade  mais profunda e sincera com a escrita . É conseguir sentir algo que , talvez , não tenha sentido antes . É sua opinião sobre o mundo , pessoas , emoções , frustrações . É algo que com poucas palavras , faz a diferença , encontra um caminho ; um grande sentido em pequenas linhas . É sair de órbita , quando nada mais lhe dá esse efeito . Escrever é arte , um dom .

Autor(a): Karolini

sexta-feira, 16 de março de 2012

Apodrecendo




Nossa !
O que escutamos
De tão triste é ,
Que choramos
Sem precisar chorar .

Morro
Sem precisar morrer .
Pois apodrecer de espírito ,
É pior que de carne .

Escrever
Talvez eu nem queira mais .
Pois para que escrever ,
Se de nada adiantará .

Se todos
Só pensam em destruir ,
Partir.
Arrancar , para assim melhorar .

Achando
Que podem acabar
Com seu próprio sofrimento ,
Dando sofrimento aos outros !

Autor(a): Karolini

Dilacerado



Coração dilacerado
Meu peito mal aguenta
A falta de ar
Me sufoco só de tentar respirar .

É como se uma espada
O tivesse atravessado .
Cortando-o .
Sangrando-o .

Morrendo aos poucos .
A tristeza contaminando-o .
Palavras duras ,
Frias.

Que ficarão guardadas .
Escrever é o que me resta ,
Para salvar a mim mesma
De uma tristeza profunda .

Autor(a): Karolini

O amor acaba


O amor acaba . Numa esquina , por exemplo , num domingo de lua nova , depois de teatro e silêncio ; acaba em cafés engordurados , diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar ; de repente , ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto , polvilhando de cinza o escarlate das unhas ; na acidez da aurora tropical , depois duma noite votada à alegria póstuma , que não veio ; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema , como tentáculos saciados , e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão ; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado ; na insônia dos braços luminosos do relógio ; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg , entre risos de alumínio e espelhos monótomos ; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão ; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus , filho crucificado de todas as mulheres ; mecanicamente , no elevador , como se lhe faltasse energia ; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar ; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes ; nas , ligas , nas cintas , nos brincos e nas silabas femininas ; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia , onde o amor pode ser outra coisa , o amor pode acabar ; na compulsão da simplicidade simplesmente ;  no sábado , depois de três goles de mornos de gim à beira da piscina ; no filho tantas vezes semeado , às vezes vingado por alguns dias , mas que não floresceu , abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores ; em apartamentos refrigerados , atapetados , aturdidos de delicadezas , onde há mais encanto que desejo ; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos , caindo imperceptível no beijo de ir e vir ; em salas esmaltadas com sangue , suor e desespero ; nos roteiros de tédio para o tédio , na barca , no trem , no ônibus , ida e volta de nada para nada ; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba ; no inferno o amor não começa ; na usura o amor se dissolve ; em Brasília o amor pode virar pó ; no Rio , frivolidade ; em Belo Horizonte , remorso ; em São Paulo , dinheiro ; uma carta que chegou depois ,o amor acaba ; uma carta que chegou antes , o amor acaba ; na descontrolada fantasia da libido ; às vezes acaba na mesma música que começou , com o mesmo drinque , diante dos mesmos cisnes ; e muitas vezes acaba em ouro e diamante , dispersado entre astros ; e acaba nas encruzilhadas de Paris , Londres , Nova Iorque ; no coração que se dilata e quebra , e o médico sentencia imprestável para o amor ; e acaba no longo périplo , tocando em todos os portos , até se desfazer em mares gelados ; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo ; na janela que se abre , na janela que se fecha ; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa , que continua reverberando sem razão até que alguém , humilde , o carregue consigo ; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido ; mas pode acabar com doçura e esperança ; uma palavra , muda ou articulada , e acaba o amor ; na verdade ; o álcool ; de manhã , de tarde , de noite ; na floração excessiva da primavera ; no abuso do verão ; na dissonância do outono ; no conforto do inverno ; em todos os lugares o amor acaba ; a qualquer hora o amor acaba ; por qualquer motivo o amor acaba ; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba .

Paulo Mendes Campos 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mensagem do dia



"Não há coisa alguma que persista em todo Universo . Tudo flui ,  e tudo só apresenta uma imagem passageira . O próprio tempo passa com um movimento contínuo , como um rio . .. O que foi antes já não é , o que tenha sido é , e todo instante é uma coisa nova . Vês a noite , próxima do fim , caminhar para o dia , e à claridade do dia suceder a escuridão da noite . .. Não vês as estações do ano se sucederem , imitando as idades de nossa vida ? Com efeito , a primavera , quando surge , é semelhante à criança nova . .. a planta nova , pouco vigorosa , rebenta em brotos e enche de esperança o agricultor . Tudo floresce . O fértil campo resplandece com o colorido das flores , mas ainda falta vigor às folhas . Entra , então , a quadra mais forte e vigorosa , o verão : é a robusta mocidade fecunda e ardente . Chega , por sua vez , o outono : passou o fervor da mocidade , é a quadra da maturidade , o meio-termo entre o ovem e o velho ; as têmporas embranquecem . Vem , depois , o tristonho inverno : é o velho trôpego , cujos os velhos cabelos ou caíram como as folhas das árvores , ou , os que restaram , estão bracos como a neve dos caminhos . Também nossos corpos mudam sempre e sem descanso . .. E também a Natureza não descansa e , renovadora , encontra outras formas nas formas das coisas . Nada morre no vasto mundo , mas assume aspectos novos e variados . .. todos os seres tem sua origem noutros seres . Existe uma ave a que os fenícios dão o nome de fênix . Não se alimenta de grãos ou ervas , mas das lágrimas do incenso e do suco da amônia . Quando completa cinco séculos de vida , constrói um ninho no auto de uma grande palmeira , feito de folhas de canela , do aromático nardo e mirra avermelhada . Ali se acomoda e termina a vida entre perfumes . De suas cinzas , renasce uma pequena fênix , que viverá em outros séculos . .. Assim também é a Natureza e tudo o que nela existe e persiste ." (Trecho final do livro Metamorfoses , do poeta romano Ovídio)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sou eu !



Sou eu !
Um monstro disfarçado 
Em pele de cordeiro .
Sou eu !
A solidão que entra em teu ser
E vem lhe aborrecer .
Sou eu !
A tristeza 
A quem irá lhe castigar.
Sou eu !
A vontade 
De que tem em se matar .
Sou eu !
As suas constantes aflições 
De quem não sabe como lidar .
Sou eu !
Que irá lhe destruir 
E congelar .


Autor(a): Karolini

Viver



O silêncio
Que entorpece o dia.
A solidão
Que entra em almas vazias .
As ventanias 
Que trazem o frio sombrio.
Me fazem entender 
O grande tormento de viver .


Autor(a): Karolini

terça-feira, 6 de março de 2012

Juventude Negra



Anos 50 , época em que o rock começava a se desenvolver . O mundo começava a ir para frente , mas , eu ainda não havia nascido . Porém, isso não duraria muito tempo , três anos depois nasci , eu Christian , havia entrado em um mundo muito louco , e que estava prestes a mudar minha vida .
Eu tinha apenas oito anos quando nós nos conhecemos , lá na rua da minha casa . Brincavamos e aprontavamos  , até que me matriculei na escola onde ela estudava . E foram muitos anos felizes de sorrisos e amizades . Cristina , era como ela se chamava , era a mulher da minha vida , estava tão feliz em falar com ela , começou apenas com uma simples amizade e depois se desenvolveu para algo maior , algo que eu quase já não podia mais segurar em meu peito .
Então, em um belo dia resolvi fazer uma coisa , nessa época eu tinha meus dezesseis anos , esperava por isso  fazia tempo . Em um dia no intervalo , na escola , fui falar com ela :
- Cristina , posso falar com você ? – falei meio tenso .
- Claro .
Ela era ruiva , com o cabelo curto na altura dos ombros , meio ondulado . Era linda , os olhos castanhos e inteligente . Estatura mediana . Meu coração palpitava a cada passo que davamos em direção ao lugar onde eu iria fazer o que tinha prometido a mim mesmo que faria . Passei horas na frente treinando , para não dar nada errado . Repitia várias vezes a mesma frase , até que decidi que atitudes falam mais do que palavras .
Bem , chegamos no lugar , era um tipo de praça  mais escondida , me sentei no banco e ela se sentou também  . Ficamos lado a lado . Até que respirei fundo e fui falar com ela , ela estava tão linda que quase fico sem ter o que falar para ela , mas , eu estava decidido , e era melhor seguir com o plano .
- Cristina , - falei olhando  para ela – você sabe a quanto tempo nos conhecemos né ?!
- Claro que sei , seu bobo – respondia ela , sorrindo – somos amigos desde infância !
- Pois é , então eu queria te perguntar uma coisa . .. Não péra , aff , não sei como dizer !
E olhando para ela , decidi que era melhor fazer logo o que eu tinha que fazer . Me aproximei mais dela , retirei uma mecha de cabelo que caia sobre seu rosto , eu fui  aproximando meu rosto mais e mais , eu ia beija-la , ia mesmo , mas , ela virou o rosto .
Tinham que ver minha reação ao ver o que ela fez , podia jurar que ela correspondia ao meu sentimento , cheguei tão perto , quis sair dali e chorar , chorar rios e mais rios de lágrimas . Até que ela me tirando de meus devaneios , me vem com essa :
- Olha , - ela começou a dizer olhando para mim – o que você pensa que sou ? Para você me beijar primeiro , terá que me pedir em namoro , e tem que ser para meu pai ! Se não nada irá rolar entre nós .
Era brincadeira , só podia , eu teria mesmo que falar com o pai dela para poder beija-la . Ninguém merece , mas , por outro lado , eu faria isso , a queria tanto que arriscaria qualquer coisa para te-la , e não tinha nada de mais , até porque eu conheço sua família e a família dela já conhece a minha , seria fácil .
- Bem , já que não tem outro jeito , farei como pedido , minha princesa . Tudo por você !
Bem , eu só poderia falar com seus pais no final de semana , a escola naquela época tomava nosso tempo , vida social era trágico .


 Uma semana havia se passado , e era hora de falar com os pais dela chegava , pedi a ela que preparasse o terreno antes de me encontrar com eles . Tudo bem , eu já os conhecia de outros carnavais , mas , nesse momento eu estava passando por uma tensão pré-namoro , achei que fosse pirar . Jamais tive que lidar com isso , pois passei tanto tempo apaixonado por apenas uma garota  que nem sabia como falar com seus pais . Resolvi treinar um pouco na frente do espelho .
- Olá senhor e senhora  Andersons , bem eu vim aqui para pedir a mão de sua filha em namoro . .. Não espera mais calmo , “Olá , senhores Andersons , quero pedir a mão de sua filha em namoro . ..” Espera , acho que assim está bom ! Ah , quer saber , seja o que for !
Eu fui , eles preparam um almoço para mim . Até que foi um almoço tranquilo , como quando nos eramos pequenos e eu almoçava ali , foi bom . Mas , uma hora tinha que acabar , assim resolvi esperar um pouco , ajudei  a mãe da Cristina a lavar as louças , e fomos nos sentar na sala . Era de tarde ainda , e o sol batia no ambiente , o iluminando .
- Bem , senhor e senhora Anderson , o assunto que me traz aqui , é sobre Cristina .
- O que ela tem aprontando ? – perguntou o pai dela , em tom zombateiro .
- Haha , bem , nada ainda . Eu gostaria de pedir a mão da sua filha em namoro !
Foi tenso , por um momento ninguém falou nada . O pai dela ficou tão silencioso , que achei que ele poderia me matar naquele momento . Sua expressão era indecifravel . Até ele começar a responder .
-  Ora , mas , já estava na hora – respondeu o pai dela , em grande alegria – Sabe , eu sabia que isso aconteceria em algum dia , já esperava , até o dia em que ela falou que você viria pedir a mão dela . Nossa , não sabe como tenho orgulho de ter você como gênro .
- Fico feliz , que o senhor tenha aceitado meu pedido , e tenha ficado feliz . Prometo que não irei magoa-la .
Bom , foi isso , conversamos um pouco , e no fim tiver que ir embora , eu e Cristina nao ficamos sozinhos nem por um segundo . Até a hora em que tive que ir embora . O pai dela deixou ela me levar até o portão . O beijo ainda não havia acontecido , o que não queria dizer que eu não quisesse . Quando estavamos lá fora do portão  nos despedindos , ela ia entrando , nesse momento eu a puxei de volta , olhei para ela e dei um beijo naquela linda boca e ela correspondeu . Meu mundo girava e eu nem acreditava que aquilo era tão bom , minha juventude brotava e eu me apaixonava pela vida e , claro , por ela .

O tempo passava  muito rápido , rapido demais até . Mas , veio o dia à dia , e meu sonho crescia de viver com ela para sempre . Eu passava horas , dias , semanas , meses , estudando e trabalhando . Eu trabalhava em uma lanchonete e no finais de semana eu cantava em uma boate . Era vocalista e guitarrista de uma banda , o grande sucesso da época era o rock e nesse tempo passava muitas músicas do Beattles , até que gostavamos do som . E o público para qual tocavamos era maioria meninos de 15 a 20 e poucos anos . Um público bem divertido até , eu estava perto de forma já .
Pois é , já fazia três anos de namoro , estavamos terminando o ensino médio . Era um alivio , a escola acabava comigo . Mas tudo o que é bom dura pouco .
Em um belo dia , uma semana antes da minha formatura , essa alegria acabou de vez.
- Christian , eu não quero mais ficar contigo , amanhã talvez te ligo . Quero ser independente .
Meu mundo explodia veio um mar de água fria e congelou meu coração . Eu chorei , para ser mais exato berrei , como pode , eu trabalhei horas e mais horas e ela vem estragar minha vida desse jeito , sem motivo , só porque quer ser independente , ela poderia ser independente do meu lado .
- Por favor , não me deixa , eu te amo !
- Desculpa , mas eu tenho outro , estou com o Paulo !
Paulo , era o garoto mais popular da escola . Ela tinha me trocado por aquele cafageste . O cara saia com mais de dez garotas por mês .
- Você vai encontrar outra , ou outro , ou sei lá !
E ela saiu . E o que eu ia fazer ? Nada é claro , coração partido a uma semana antes da formatura , o que poderia ocorrer de ruim , o cachorro mija no sapato . E acredite foi isso que aconteceu , um cachorro veio mijar no tênis , na frente da escola toda . É meu dia tinha como piorar , e como tinha . Não tinha onde me esconder , e agora eu só ficava compondo com meu violão .
No dia seguinte ao acontecido , minha mãe veio me acordar . Eu acordei assustado , ela ainda não sabia o que havia acontecido , contei o que havia sonhado , e ela me vem com essa :
- Moleque otário , eu já tinha te avisado , e você me ignorava . Agora está ai jogado !

Agora uns 15 anos depois , estou mesmo sem nada , sem minha mãe sem namorada , desprezado e carente . Nesse meio tempo , entrei para um seminário , tentei realmente virar padre , mas , isso é para quem jamais passou por um namoro , ou algum tipo de relacionamento . Depois do ocorrido com Cristina , eu deixei de lado essa história de namoro  , entrei de cabeça na banda . Até ela acabar . Agora só falta eu virar presidente , o que não seria nada mal . Bem é isso , espero que vocês tenham rido bastante , poque na época eu não ri nada , mas , chorei rios de lágrimas . Que coisa não !

Fim


Autor(a): Karolini

domingo, 4 de março de 2012

Ser



Ainda posso sentir o gosto do sangue em minha boca .
A amargura de retirar uma vida .
O amargo gosto de outro ser .
Que passa por minhas presas
E escorre pelo canto dos meu lábios .
Me transforando em um monstro ,
Um ser pavoroso
Que amedronta a todos os homens ,
E mata a humanidade .
Um ser que domina outro ser !

Autor(a): Karolini

Rosas



A ventania que passa por entre as rosas ,
Trazem-me o divino aroma de suas pétalas.
O mais puro e doce que pode se achar .
A melodia mais suave que pode-se encontrar .
Está linda rosa chora ao escutar ,
O meu triste lamentar .
Ela murcha ao entristecer ,
Escurece ao chorar
E sangra ao morrer .
Pois sua alma , é a mais pura que já encontrei .

Autor(a): Karolini

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Trilha




Era umas 9hrs da manhã .Franciele estava em seu jipe , sentindo o vento fresco de uma manhã de verão . Seu cabelo era lançado para trás , com a constante rajada de vento que era lançada em seu rosto .
Suas malas estavam no carro , estav indo encontrar sua namorada , Camila . As duas se davam muito bem , Camila tinha 19 anos e Franciele 22 anos . Duas jovens mulheres que se amavam verdadeiramente .
Mas o mundo entendia ? É claro que não ! A mae de Camila , entendia muito menos . Eram constantes as ofensas . A mãe de Franciele também não apoiava , mas , pelo menos , não tinha motivos para implicar .
Bem , por isso , as duas iam se encontrar . Estavam indo tirar férias na fazenda da tia de Franciele . Sua tia havia a convidado , assim , Franciele resolveu chamar Camila . Elas precisavam de um tempo a sós . E nada melhor que uma fazenda , afastada da cidade .
Franciele chegou à casa de Camila . Pegou o celular que estava dentro da bolsa , e ligou para ela . Depois de uns dois minutos , Camila atende :
- Oi ! – responde Camila
- Está pronta ? – peguntou Franciele
- Estou . Mas , por que , você não businou ou bateu na porta ?
- Quis evitar problemas entre você e sua mãe .
- Hum . . . bem , isso foi senstao .
- Poies é . Então , estou te esperando . Até !
- Até !
Camila terminou a ligação , pegou sua mala e começou a descer a escada . Colocou sua mala no sofá , e foi até sua mãe que estava na cozinha .
- Mãe , eu já vou . – diz Camila
- Okay . – sua mãe suspira e se vira para olha-la – Não tem jeito , não posso mudar sua opinião?
A mãe de Camila , fala como se fosse a última vez que fosse ver a filha . Mas , Camila sabia que sua mãe não aceitava Franciele .
Respondendo a pergunta dela , Camila nega com a cabeça .
- Bem , já que você vai – abraçando a – espero qe se divirta . Tchau !
- Tchau
As duas se separaram , e Camila foi encontrar Franciele.

***

Franciele , tinha descido do carro e estava preocupada com Camila . Ela já estava quase para ir lá , quando viu a porta da casa da porta abrindo e Camila saindo de lá . Ficando mais tranquila ao vê-la .
- Demorou, heim ! – diz Fraciele – Aconteceu alguma coisa ?
Camila se aproxima , coloca sua mala no banco traseiro do carro , e fica frente frente a Franciele,que estava encostada na porta do motorista .
- Ficou preocupada que eu não fosse ?!
Franciele dá de ombros .
- Achei que sua mãe podia implicar ! – diz , meio sem jeito .
- Estava me despedindo dela . – diz , Camila
Ela se aproxima de Franciele , envolvendo seu rosto om sua mãos , se aproximando mais e mais , por Franciele se um pouco mais alta , Camila quase ficava na ponta dos pés . Seus lábios se tocaram em um beijo doce e suave .
Mas tão doce e suave quando começou , teve que parar . Elas tinham uma longa estrada pela frente e quanto mais rápido fossem , mais rápido chegariam na fazenda .
Entraram no carro e seguiram estrada .

***

Chegaram na fazenda por volta das 13hrs . A tia de Franciele , Dina Mara , já estava esperando as duas .
Uma senhora de cablos grisalhos , apareceu fora da casa e foi abrir o portão para franciele estacionar o jipe.
Franciele saiu do carro e logo depois Camila a seguiu .
- Nossa ! Aqui é lindo ! – falou Camila , olhando em volta .
E , realmente , era uma linda paisagem , uma cas no estilo neo-clássico bem conservada e grande , esperava pelas duas moças . Além disso , havia pomar , árvores que davam frutos , uma linda paisagem e não muito longe dali , havia uma trilha que dava para dentro de um bosque , onde podia chegar até uma linda cachoeira .Franciele , conhecia muito bem o lugar , e queria mostrar tudo a Camila . Pra que elas tivessem as melhores férias .
Dona Mara , veio ao encontro da duas .
- Franciele ! – falou ela , abrindo os braços para abraça-la – Quanto tempo minha subrinha ! Veja só como você cresceu !
- Tia , obrigada – diz Franciele se afastando de sua tia – foi muito gentil da sua parte ter me convidado , e ter deixado eu trazer Camila .
- Falando nela , você não irá me apresenta-la ? Quero muito conhece-la .
- Claro que vou apresenta-la . Camila ! – chamou Franciele – Camila , essa é minha tia , Mara . Mara , essa é minha namorada , Camila .
- É um parzer conhece-la , Dona Mara . – diz , Camila , abraçando-a .
- Que isso , o prazer é meu ! Mas , vamos , entrem , preparei um ótimo almoço.
Franciele e Camila foram até o carro e pegaram suas malas . Subiram os degraus da escada que tinha em frente a porta da casa , onde havia uma varanda coberta.
As três mulheres entraram. Por ser uma casa de andar , a parte de cima ficavam só os quartos.Haviam  cinco quartos a parte de cima , dois eram suites , por possuírem banheiros , e os outrso três eam apenas quartos individuais.Na parte de baixo , ficava a sala . Na sala havia três sofás rosados , uma TV pequena , porém , moderna . As paredes tinham um tm salmon , deixando o ambiente claro e suave . As duas janelas estavam abertas , iluminando a sala , e deixando com que uma corrente de ar frasco passasse pelo lugar.
As duas colocaram suas malas no sofá , e forma para a sala de jantar. Uma grande mesa se encontrava no local . A mesa estava boita , farta , havia de tudo um pouco .
O almoço foi tranquilo entre as quatro , a filha de Dona Mara , Marcia estava fazendo uam visita.Elas conversaram , se conheceram melhor e se divertiram bastante.
Após um certo tempo , ajudaram Dona Mara a recolher a mesa .
Franciele e Camila voltaram para a sala , pegaram suas malas e subiram as escadas chegando em um corredor que dava para os cinco quartos , encontrando o q elas ficariam hospedadas.
- Franciele , esse quarto é enorme ! – dizia Camila.
Franciele fecha a porta , joga sua mala no chão , perto da caam e abraça Camila por trás.
- Essa é a ideia , – diz ela perto do ouvido de Camila – um quarto grande , espaçoso.Pra dormimos juntas abraçadas . Como eu sempre sonhei .
Camila virou o rosto para o lado e recebeu um selinho de Franciele.
As duas se separaram , e Camila foi tomar um banho  , enquanto Franciele desvaziava as malas e quardava as roupas.Franciele toou um banho após Camila. Trocaram de roupa e desceram , para fazer companhia a Dona Mara e Marcia.
Franciele se sentou e Camila sentou ao seu lado ,recostando-se nela.
A chuva lá fora havia começado a cair . E agora o ambiente da sala , estava bem frio.E a noite , já chegando , o frio almentava cada vez mais.Era umas 19hrs , quando Camila começava a sentir o efeito do cansaço . Sentia seus olhos pesando e não aguentava mais assistir ao filme que estava passando no canal de TV. Olhando para o lado , viu que Franciele , já havia fechado os olhos.Resolvendo assim , acordar sua companheira .Se despediram de Dona Mara e Marcia e subiram as escadas até o quarto que ficaram. Indo descansar . 

***

Camila desperta com o sol batendo em seu rosto . Ela tateia a comoda , ao lado da cama , em busca do seu celular. Vendo que já era 10hrs.Vira-se para sua companheira , vendo que está já esta acordada.
- Você esta acordada a quanto tempo ?! – pergunta Camila
- Não muito , acho que uns quinze minutos .
Camila vira-se para olhar o teto, como sempre fazia, para poder despertar mais rápido.
- Sabe , acho que podemos fazer um coisa muito boa , já que você acordou e esta tentando despertar – diz Franciele , se aproximando .
Franciele vai se aproximando mais e mais.Beijando seu pescoço , suavemente , com selinhos ; passando o o braço por sua cintura ; seus lábios se tocam , os beijos se tornam intensos , quentes, desejosos.Franciele estava em cima de Camila , sua mãe havia encontrado um caminho para dentro da blusa dela , levantando-a aos poucos.Camila retribuía seu toque , seus beijos . Tudo estava acontecendo rápido demais .
- Franciele !? – Marcia , havia entrado no quarto.
Com o susto , Camila a empurou de volta para o outro lado da cama e se ajeitou sobre os lençóis.Franciele meio sem jeito virou de lado , apoiando se em seu braço.
- Sim!? – diz ela , para Marcia.
- Desculpe encomodar – Marcia estava meio sem graça de ter encontrado as duas naquela situação – Mas , minha mãe pediu para acorada-las , para vocês tomarem café da manhã.
- Okay , fala para ela já vamos.
Macia sai e fecha a porta atrás de si.As duas mulheres se olham em caem na gargalhada , por conta da situação.
- Tadinha – diz Camila – ela ficou tão sem graça !
- É , mas , ela devia ter batido na porta .
- Mas , ela achou que estavamos dormindo .
- Mas estavamos fazendo algo melhor que dormir ! – diz Franciele se aproximando de Camila – E , continuaremos mais tarde .- diz ela dando um meio sorriso
As duas , se levantam em vão para a cozinha . Enquanto tomam o café da manhã , Franciele conta a Camila aonde quer leva-la.
- Sabe , - diz Franciele – Aqui perto há uma trilha que leva a uma cachoeira .
- Hum ... – diz Camila enquanto morde uma rosca – Acredito que você quer me levar lá .
- Garota esperta !
- Então tá ! Aceito sua proposta .
As duas terminam de comer . Arrumam uma mochila , com roupas , celular , toalhas , e coisas a mais que achavama necessário.Se depedem da Dona Mara e Marcia e vão para a pequena caminhada.

***

Com o ar fresco da manhã , e um sol que não é frio nem quente , elas começavam a andar pela trilha .O pequeno caminho ficava logo depois do portão da frente.Um campo com um mato , que iam até os seus quadris, circundava uma pequena estrada de terra.Essa estrada de terra, ia em linha reta até onde se encontrava grandes árvores , que era onde estava o bosque.
O caminho era longo e um pouco cansativo . Ao entrarem no bosque,em todo o silêncio que se expandia , só se escutava o assobiar dos pássaros e as folhas que se mechiam , em fução da ventania que se passava por elas.
Para chegar a cachoeira , o caminho era um pouco desuniforme.Pedras , raízes das árvores maiores, plantas rasteiras,algunas lugares escorregadios.Alguns minutos depois , elas conseguiram chegra a cachoeira, não era tão grande nem tão pequena.Uma água transparente , caía até chegar na pequena lágoa que se formava .
- Nossa é lindo! – dizia Camila
Ela jamais virá uma água tão transparente , quanto virá agora .
- Fato ! – diz Franciele – E sabe , eu vou entrar nessa água , porque foi para isso que vim – dizia ela , enquanto tirava a roupa e ficava só de biqini – Você não vem ?
- Olha , eu não sei nadar.
- Não tem problema , eu te seguro .
Camila fica meio pensativa e com um certo medo . Mas , sua vontade de entrar na água era maior , e ela confiava em Franciele . Chegando  umc conclusão , ela decidi ir.
As duas descem por uma escdaa de pedras. A água era fria , ao entrarem , mas , o sol que fazia não a deixava tão fria , gelada , porém , fresca.
Deve ter passado pelo menos uns trinta minutos , em que elas ficaram ali , até decidirem que era hora de ir embora . Vestiram as roupas , pegaram a mochila , e começaram a andar para sair dali.

***

Enquanto andavam , ouviram um barulho , repetidas vezes .
- Que barulho é esse? – pergunta Camila , olhando em volta.
- Não sei . – responde Franciele
Elas ouvem de novo e de novo . Esse barulho se estendia pelo bosque.Parecem assustadas ,mas,Franciele quer ver de onde vinha e do que se tratava , talvez elas pudessem ajudar , se alguma estivesse sendo atacada.
- Vamos ver o que é .- diz Franciele
- Não! – dizia Camila , enquanto segurava seu braço – O que acha que podemos fazer ?!
- Ver , pelo menos , o que significa esse barulho .
- Pode ser perigoso.
- Não esquenta , ficamo escondidas , observando .
Franciele se solta , e começa a andar.Ao olhar para trás vê que Camila não está indo.
- Você não vem ?
Camila dano uma última olhada para onde as duas estavam indo , resolve segui-la , afinal era melhor do que ficar ali.

***

Após alguns minutos , Franciele encontrrou o barulho . As duas se abaixaram , atrás de uma pedra , para observar .
O que estava acontecendo , era uma coleta de madeira .Mas , o bosque , era uma área de preservação ambiental , jamis poderia haver derrubada de árvores.Aquilo tudo era ilegal.
Enquanto estavam escondidas , viram o brasão da empresa , que estava por trás disso.Franciele soube na hora em que o viu , um triângulo vermelho , rodeado por um círculo e acima do círculo havia o nome da empresa “Cômodos” .“Cômodos” era uma empresa que fabricava móveis , e que se diziam “amar” a natireza.Mas , não era o que parecia.
Estavam tão concentradas em observar a continua desmatação, que não perceberão quando um dos “lenhadores” , choegou por trás.
- Olá , moças ! – diz ele – Posso ajudar em alguma coisa ?
O susto foi tanto , que as duas ficaram sem reação.Era um homem de estatura mediana , porém , forte , podia ver isso , por seus bíceps mais avantajados .Ele usava uma camiseta preta e por cima , uma camisa xadrez de flanela , com as mangas rasgadas . Tinha várias tatuagens.Estava com uma motosserra nas mãos .Mas , Camila , podia jurar que tinha visto uma arma no coz da calça , folgada e suja , quando o vento bateu em sua camisa.
- E aí , vou perguntar as duas moças novamente . O que vocês querem aqui ?- sua expressão era dura , nem um pouco amigavel.
- Bem , ouvimos um barulho , e resolvemos ver o que era – dizia Camila , em sua expressão de pavor – chegamos aqui sem saber , e encontramos isso aqui.
- Bem , vocês são daquela empresa , “Cômodos” e estão aqui tirando árvores . Então acredito, que tenham algum documento pra poder retirar.- disse Franciele.
- Sim , é claro que temos!
Nesse momento o telefone dele toca .Ele o retira do bolso e vê quem está ligando.
- Com licença , tenho que atender – ele saí de perto delas , para atender a ligação de seu chefe.
A ligação dura apenas alguns poucos minutos.Mas , para as duas , parecu uma eternidade.O suor escorria em suas faces, enquanto elas esperavam , o retorno do homem.Camila ainda tinha a imagem da arma em sua cabeça , e um turbilhão de emoções e pensamentos passavam dentro dela .O que ela sentia , ea medo por ela e por Franciele.Uns minutos depois o homem volta.
- Olha , acho melhor as duas sa[irem daqui!- sua expressão continuava carrancuda.
Sem mais espera , resolveram sair dali , imediatamente.Elas foram , se levantaram e foram.Só não esperavam pelo que iria acontecer .
Enquanto estavam andando , não se deram nem ao trabalho de olhar para trás.Dois homens estavam seguindo-as .O barulho presente naquela área era tanto , que mal escutaram o caminhar deles , muito menos sentiram a presença deles.Quando estavam próximos delas , levantaram os pedaços de madeira que tinham em suas mãos e bateram em suas cabeças.A pancada foi o suficiente , para elas caírem desacordadas.

***

Já era noite , quando Camila acordou.Sentiu o chão duro e frio em baixo de si, o que a fez ter uma maior percepção da situação.Elas não estavam mais no bosque e pelo que via já tinha escurecido. Resolveu que deveria levantar , e ver onde estava , e principalmente , onde estava Franciele.
Ela se levantou , meia grogue ainda.Ao olhar ao seu redor , percebeu que estava em um quarto , onde só tinha uma mini janela com quatro barras de ferro.
Mas , seus olhos anciavam por Franciele.Ao olhar mais um pouco , viu Franciele desacordada no chão.Camila foi até lá , e se ajoelhou ao lado do seu corpo , apoiando em seus braços.
- Franciele ! – ela chamava , para tentar acorda-la – Franciele !Franciele !
Depois de uns segundos Franciele , começa a dispertar.Camila fica mais calma, ao ver que sua companheira estava bem, pelo menos , estava viva.
- Onde estamos ? – perguntou Franciele , enquanto tentava se sentar.
- Em alguma cabana , no bosque . – responde Camila – Eles nos prenderão , e sabe se lá o que farão conosco.
Camila estava certa , e Franciele não tinha a mínima ideia do que fariam com elas.E nesse momento , elas tinham que arranjar uma maneira de sair dali.O mais rápido possível.

***

Em casa Dona Mara e Marcia estavam se corroendo de preocupação.Já tinham ligado para o celular das duas , mas , nada , só caía na caixa postal.Andavam de um lado para o outro.Sem saber o que fazer , a única alternativa era ligar para a polícia.Mas , tinham esperança de que elas voltassem , eram 19hrs ainda.Elas poderiam voltar.
Porém as horas foram passando , minutos , segundos , milésimos , e nada delas chegarem.Por fim , deu meia noite , e elas nao havia chegado , o desespero , o medo , haviam batido , e ligar para a polícia seria sensato.
Dona Mara pega o telefone , e liga.Alguns toques depois , uma atendente , atende:
- Polícia lical , boa noite!
- Quero revelar o sumiço , da minha sobrinha e de sua namorada!
- Pode falar senhora .
Dona Mara deu a indicação de que horas elas haviam saido , do que haviam levado , onde tinham ido e que desde então não haviam voltado.A atendente , falou que iria informar o caso ao detetive e que daqui a quinze minutos passaria em sua casa , para conversar com ela sobre o caso.
E , realmente , quinze minutos depois ele havia aparecido.Um homem alto e de terno , havia aparecido na porta de Dona Mara
Ele entra , e os dois conversam um pouco , ela explica a ele as mesmas coisas que havia falado a atendente.Mas aquela hora , nada poderia ser fetio.
- Entenda , - disse o detetive – no escuro não dá ara fazer as buscas.Amanhã pela mnhã , vamos a procura delas pelo bosque.Elas ainda podem aparecer.
- Já não tenho tanta certeza disso – diz Dona Mara , com uma certa amargura – Estamos esperando a horas.
- Eu sei senhora , mas , devemos esperar.
Ela tenta não discutir com ele , mas acreditar que realmente elas poderiam voltar , já não era tão esperançoso.

***

Elas perderam  a noção de hora.Ficar naquele quarto era desesperador , parecia uma eternidade.
Já tinham gritado até cansar.Mas, nada , ninguém havia aparecido , muito menos os homens que haviam prendido elas alí.Era angustiante não saber o que elas estavam fazendo ali , o que iria acontecer , o que faria com elas.Especulações que elas mesmas não poderiam responder.
A única alternativa seria esperar.E elas esperaram .Esperaram tanto que haviam adormecido.
Foram acordadas com a porta abrindo.Quattro homens encapuzados estavam na frente delas.
- O que farão com a gente ? – perguntou Franciele , em meio ao desespero.
- Vocês sabem demais – diz um deles – Isso não é bom para os negócios.Então daremos fim nisso.
Isso não ajudou muito , eles iriam mata-las.
Dois homens pegaram Franciele e Camila , amarraram suas mãos , e começaram a puxa-las para fora da cabana.
Lá fora o sol já estava forte , podia ser umas 10hrs , ou mais.Não sabiam ao certo.Franciele sabia onde estava , a cabana não ficava muito longe da trilha.A única coisa que tinham que fazer era dar um jeito de se afastar desse quatro homens.
Elas foram andando , praticamante arrastadas , pelos dois homens.Seguravam os braços delas com tanta força, que elas poderiam ficar com hematomas.
Mas , Franciele , não era tão frágil , havia feito academia de luta , Kung Fu , o suficiente para mante-los ocupados em parar com a dor.
Então ela agiu.Como suas mãos estavam amarradas a frente do seu corpo , ela abaixou e levantou os braços com toda a força que tinha , acertando o nariz do homem que segurava seu braço , fazendo solta-la.
Outro homem veio para cima dela, agarrando ela pelas costas.Ela bateu a cabeça nele , e pisou em seu pé.Saindo do seu abraço ela o empurrou ao chão , chutando seu saco.
Camila também não tinha ficado parada, havia acertado um com seu cotovelo e o outro com um chute no estômago.
Isso foi o suficiente para elas saírem correndo.Franciele a frente e Camila logo atrás.Elas não pararam. Não pararam nem para olhar para trás.Sempre correndo o mais rápido que podiam .Porém , Camila ciu.Não tinha visto o galho no chão ,e assim , ela tropeçou.Fraciele , olha por segundos para trás , e vê Camila caída no chão , voltando para ajuda-la a se levantar , e vendo que os homens já estavam atrás delas .
- Vamos! – dizia Franciele , enquanto a ajudava a se levantar.
Camila levanta e saí em disparada na frente de Franciele.Os homens estavam atrás dela. Estavam tão preocupadas em se afastar deles , que mal perceberam que já estavam de volta a trilha.
Camila olha para trás vendo que os homens estão mais perto de Franciele , quando bate em alguma coisa e caí para trás.Franciele também diminui seus passos , feliz por ver que era um policial , Dona Mara e Marcia.Porém , um desse homens , aponta uma arma na sua cabeça e atira.Sua tia e Marcia , gritam , mas , é tarde demais.Camila leva um susto com o barulho , levantando-se o bastante para vê-la caindo.
Nesse momento seis , dos dez homens que estavam com o detetive, vão atrás dos homens.Camila vai correndo até Franciele , que já estava sem vida.O desespero havia acabado e com ele uma vida havia sido levada.

***

Uma semana havia se passado , e Camila ainda lembrava daqueles dois dias .De tudo .Pode até ter durado pouco , mas , foi o suficiente para acabar com ela.Os policias tinham detido os homens que haviam feito isso com elas, eles acabarm confessando o crime e a empresa ia pagar pelo ocorrido. Como iriam pagar pela morte de Franciele.
Ela não tinha ido no enterro de Franciel , mesmo depois de Dona Mara e Marcia terem insistido para que ela fosse , não queria encontrar com ninguém.Ela ainda sofria pela morte de Franciele.Só apareceu no túmulo de Farnciele , dois dias depois.Lágrimas já não escorriam mais.Ela já tinha chorao tudo o que podia.Agora , so lamentava a perda , por ainda amar Franciele . E sabia mutio bem que esse amor era correspondido .Pois assim como o vento , não podia vê-lo , mas , podia senti-lo .


Fim



Autor(a): Karolini